domingo, 14 de setembro de 2014

A Escola do Bem e do Mal

Capa do livro.
Título: A Escola do Bem e do Mal
Título original: The School for Good and Evil
Autor(a): Soman Chainani
Páginas: 352
Editora: Gutenberg
Lançamento: 2014

Sinopse: No povoado de Gavaldon, a cada quatro anos, dois adolescentes somem misteriosamente há mais de dois séculos. Os pais trancam e protegem seus filhos, apavorados com o possível sequestro, que acontece segundo uma antiga lenda: os jovens desaparecidos são levados para a Escola do Bem e do Mal, onde estudam para se tornar os heróis e os vilões das histórias.

Sophie torce para ser uma das escolhidas e admitida na Escola do Bem. Com seu vestido cor-de-rosa e sapatos de cristal, ela sonha em se tornar uma princesa. Sua melhor amiga, Agatha, porém, não se conforma como uma cidade inteira pode acreditar em tanta baboseira. Ela é o oposto da amiga, que, mesmo assim, é a única que a entende. O destino, no entanto, prega uma peça nas duas, que iniciam uma aventura que dará pistas sobre quem elas realmente são.

Este best-seller é o primeiro livro de uma trilogia que mostra uma jornada épica em um mundo novo e deslumbrante, no qual a única saída para fugir das lendas sobre contos de fadas e histórias encantadas é viver intensamente uma delas.

Resenha: Um livro que tinha tudo para dar certo. A Escola do Bem e do Mal é um livro que parte de uma premissa muito boa. Entretanto, apesar da abundante criatividade do autor, o livro peca em vários pontos.

Quando vi esse livro pela primeira vez, fiquei atraído por dois motivos, o primeiro pela capa (que é linda!), e o segundo quando li a sinopse, que não fica para trás. Simplesmente tive no primeiro momento vontade de lê-lo. E assim que chegou aqui em casa, a primeira coisa que fiz foi começá-lo.

De primeira mão, somos levados às terras de Gavaldon, povoado em que vivem as personagens principais do livro, Agatha e Sophie. No início, a narrativa é simples, e especialmente "apresentativa", fazendo com que entremos na história de maneira muito rápida, e, de certa forma, "indolor". Porém, quando a coisa começa mesmo a ganhar um ritmo, parece que o autor começa a se perder um pouco na narrativa, e nesse ponto começamos a nos questionar se o livro será realmente bom ou ruim.

No meu caso, em especial, prevaleceu a segunda opção. Mesmo tendo uma premissa ótima, e de certa forma obvia, porque se você pensar bem olhando a capa e a sinopse, formará uma mínima opinião de como será o desenrolar da história. O grande problema disso é que sua opinião realmente não valerá de nada, pois o autor segue um caminho completamente diferente do imaginado. De primeira você pode pensar "ah, mas isso não deveria ser o que um autor deveria fazer?", só que não é assim tão simples. Pois isso se mistura ao fato de que, na minha humilde opinião, o autor não sabe escrever muito bem. Cansei de ter que reler o que tinha acabado de ser descrito para saber o que realmente ele estava querendo dizer.

E isso só piora quando ele apresenta outros personagens, pois, mesmo sendo secundários, eles parecem que não tem nenhuma personalidade, ou que o autor não sobe descreve-los bem. Na verdade, teve vezes em que aparecia o nome de um dito personagem que já havia aparecido antes, e que eu fiquei me perguntando "quem é esse mesmo?", de tão mal descrito e representado que eles são. O livro inteiro parece se concentrar profundamente em Sophie e Agatha, que, ainda assim, são muito mal elaboradas, não sendo personagens tão fortes para serem as principais, mesmo tendo um potencial muito grande.

E sem falar do final! Obviamente não falarei aqui dele para vocês, mas quero deixar claro que estou completamente indignado com o final desse livro! Simplesmente me pareceu que o autor estava passando por algum mal enquanto escrevia, pois, minha gente, não faz a menor coerência, além de ter sido narrado muito rápido. Pareceu-me que Chainani queria logo acabar de escrever esse livro, e depois não fez revisão alguma para perceber o que escreveu. Não sei nem como este livro pode ter uma continuação, quanto mais fazer parte de uma trilogia! Agora duvido completamente da capacidade crítica dos norte-americanos, pois pergunto: como um livro desses pode ter entrado na lista dos mais vendidos do The New York Times?

Entre tantos maus, o livro tem também seus bons momentos. Posso dizer que o autor mostra ter muita criatividade. Várias partes no livro fiquei impressionado com a forma como ele encaixou algumas cenas, e de como ele consegue mesclar os contos de fadas tradicionais à um contemporâneo de uma forma digamos que bem pensada. Apesar de escrever mal.

Enfim, um livro que recomendo apenas para aqueles que não procuram uma boa narrativa, ou para crianças, pois acredito que ele tenha escrito o livro mais para esse público, que com certeza ficariam maravilhados ao acabar o livro.

(Ruim)

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