terça-feira, 27 de maio de 2014

A Ilha dos Dissidentes

Capa do livro.
Título: A Ilha dos Dissidentes
Série: Trilogia Anômalos - Volume 1
Autor(a): Bárbara Morais
Páginas: 304
Editora: Gutenberg
Lançamento: 2013

Sinopse: SER LEVADA PARA uma cidade especial não estava nos planos de Sybil. Tudo o que ela mais queria era sair de Kali, zona paupérrima da guerra entre a União e o Império do Sol, e não precisar entrar para o exército. Mas ela nunca imaginou que pudesse ser um dos anômalos, um grupo especial de pessoas com mutações genéticas que os fazia ter habilidades sobre-humanas inacreditáveis. Como única sobrevivente de um naufrágio, ela agora irá se juntar a uma família adotiva na maior cidade de mutantes do continente e precisará se adaptar a uma nova realidade. E logo aprenderá que ser diferente pode ser ainda mais difícil que viver em um mundo em guerra.

Resenha: A forma como a Bárbara consegue descrever os fatos pelo ponto de vista da Sybil é realmente impressionante. Não é como os outros livros que a personagem principal não consegue "ver" direito o que está acontecendo ao seu redor. Ao contrário, Sybil é atenta aos fatos que lhe são apresentados, e, ainda por cima, tem uma visão bem crítica deles.

Um ponto alto do livro é a forma como a autora consegue misturar assuntos com os quais não estamos acostumas a encontrar em livros juvenis, como política, fazendo com que eu admirasse ainda mais a história. Ela conta de forma que os leitores entendam, sem precisar recorrer a alguma ajuda "por fora" do livro.

Enquanto lia, fiquei surpreso com o conteúdo da história. Mesmo ele sendo apresentado de uma forma não acelerada ou enjoativa, percebemos que é denso, e que a autora se empenha ao máximo para não nos dar pistas claras do que irá acontecer, sendo necessário continuar lendo, com muito gosto, para descobrir.

Outro ponto muito bom é a forma com que a Bárbara "brinca" com nomes conhecidos por nós. Dois exemplos disso são: o navio em que Sybil esteve antes do inicio do livro, que acaba naufragando, se chama Titanic III, e o nome do padastro de Andrei, que é descrito tendo um sorriso "afiado" e ameaçador, ser Fenrir, que, na mitologia nórdica, pertence a um lobo monstruoso (que, na verdade, não sei se a referência foi feita de forma intencional). Me diverti muito com esse jogo com os nomes.

Concluindo, A Ilha dos Dissidentes é um livro muito bem escrito, divertido, e de fácil leitura e compreensão. Mal posso esperar pela continuação, que já está sendo escrito pela autora.

Nota:
(Muito bom)

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